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Igreja moçárabe de São Pedro de Lourosa

A Igreja Matriz de Lourosa, também designada Igreja Moçárabe de São Pedro de Lourosa, encontra-se classificada como Monumento Nacional. Datado epigraficamente de 912, é um dos quatro templos pré-românicos existentes em Portugal e, presumivelmente, a mais antiga igreja em funcionamento ininterrupto de culto cristão no nosso país.

Aquando da chegada dos muçulmanos à Península Hispânica, muitos dos territórios que pertenciam ao reino visigodo submeteram-se pacificamente. O Califado impôs novas políticas administrativas, sociais e económicas, mas permitiu às comunidades cristãs e judaicas residentes manter e praticar a sua religião e os seus costumes, contanto que pagassem o imposto especial de capitação e não perturbassem a nova ordem estabelecida.

Durante o período de islamização, processos de continuidade foram ocorrendo e muitos destes cristãos do Al Andaluz, herdeiros do ritual visigótico que continuavam a praticar, adotaram a cultura e a língua árabes – tornando-se cristãos arabizados, tradicionalmente conhecidos por moçárabes. Também as transformações dos espaços sagrados nos interiores das igrejas refletiram esta simbiose com o estilo moçárabe.

A Igreja de São Pedro de Lourosa destaca-se como o mais significativo monumento moçárabe do nosso país, em que se conciliam elementos estruturais visigóticos cristãos com elementos da cultura árabe, sendo evidentes as influências da arte emiral nos motivos ornamentais decorativos da igreja. De salientar também os vestígios de influência islâmica na possível torre-cruzeiro, possivelmente com teto interior de madeira e telhado de quatro águas, e ornamentada com um friso de arcos cegos. Embora estas torres existissem no mundo cristão asturiano, os seus paralelos mais imediatos situam-se na arquitetura islâmica peninsular, confirmando-se a influência de elementos do Al Andaluz na arquitetura do Norte cristão. 

Em 2012, a Igreja foi alvo de intensas celebrações jubilares pelos seus 1100 anos, tendo dado origem à primeira feira moçárabe, pioneira no País. A Feira Moçárabe, que decorre no mês de agosto, assume-se como um evento de referência do concelho de Oliveira do Hospital, proporcionando aos visitantes uma viagem histórica ao tempo em que cristãos, muçulmanos e judeus coexistiam pacificamente neste território, projetando a imagem de tolerância perante a diversidade de civilizações que tanto caracteriza o nosso país.

E já que está em Lourosa porque não aproveitar para percorrer o troço que por aqui passa do Caminho Português de Santiago - Caminho Central.

A Igreja Matriz de Lourosa, também designada Igreja Moçárabe de São Pedro de Lourosa, encontra-se classificada como Monumento Nacional. Datado epigraficamente de 912, é um dos quatro templos pré-românicos existentes em Portugal e, presumivelmente, a mais antiga igreja em funcionamento ininterrupto de culto cristão no nosso país.

Aquando da chegada dos muçulmanos à Península Hispânica, muitos dos territórios que pertenciam ao reino visigodo submeteram-se pacificamente. O Califado impôs novas políticas administrativas, sociais e económicas, mas permitiu às comunidades cristãs e judaicas residentes manter e praticar a sua religião e os seus costumes, contanto que pagassem o imposto especial de capitação e não perturbassem a nova ordem estabelecida.

Durante o período de islamização, processos de continuidade foram ocorrendo e muitos destes cristãos do Al Andaluz, herdeiros do ritual visigótico que continuavam a praticar, adotaram a cultura e a língua árabes – tornando-se cristãos arabizados, tradicionalmente conhecidos por moçárabes. Também as transformações dos espaços sagrados nos interiores das igrejas refletiram esta simbiose com o estilo moçárabe.

A Igreja de São Pedro de Lourosa destaca-se como o mais significativo monumento moçárabe do nosso país, em que se conciliam elementos estruturais visigóticos cristãos com elementos da cultura árabe, sendo evidentes as influências da arte emiral nos motivos ornamentais decorativos da igreja. De salientar também os vestígios de influência islâmica na possível torre-cruzeiro, possivelmente com teto interior de madeira e telhado de quatro águas, e ornamentada com um friso de arcos cegos. Embora estas torres existissem no mundo cristão asturiano, os seus paralelos mais imediatos situam-se na arquitetura islâmica peninsular, confirmando-se a influência de elementos do Al Andaluz na arquitetura do Norte cristão. 

Em 2012, a Igreja foi alvo de intensas celebrações jubilares pelos seus 1100 anos, tendo dado origem à primeira feira moçárabe, pioneira no País. A Feira Moçárabe, que decorre no mês de agosto, assume-se como um evento de referência do concelho de Oliveira do Hospital, proporcionando aos visitantes uma viagem histórica ao tempo em que cristãos, muçulmanos e judeus coexistiam pacificamente neste território, projetando a imagem de tolerância perante a diversidade de civilizações que tanto caracteriza o nosso país.

E já que está em Lourosa porque não aproveitar para percorrer o troço que por aqui passa do Caminho Português de Santiago - Caminho Central.

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Morada:

Largo Monumento Nacional - Lourosa

Telefone:

+351 238 605 250 /

Horário:

Visitas mediante marcação prévia através da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital

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