O Castelo de S. Jorge, Monumento Nacional que integra a zona nobre da antiga alcáçova medieval, é hoje um local icónico onde se pode desfrutar do património, ficar a saber um pouco da história de Lisboa no Núcleo Museológico, explorar os vestígios do bairro islâmico do século XI no Núcleo Arqueológico, passear pelos jardins e desfrutar de um dos mais belos miradouros sobre a cidade.
É do século XII a referência documental mais antiga à existência de um castelo em Lisboa – o notável geógrafo al-Idrisi descreve a “bela cidade que se estende ao longo do rio, limitada por muralhas e protegida por um castelo.”
De época islâmica, construída em meados do século XI, a fortificação situa-se na zona de mais difícil acesso do topo da colina, aproveitando as escarpas naturais a Norte e Oeste. O castelo tinha como função albergar a guarnição militar e, em caso de cerco, as elites que viviam na alcáçova. Preserva ainda 11 torres e na segunda praça encontram-se vestígios de antigas construções e uma cisterna.
No Núcleo Arqueológico testemunhe este período significativo da história de Lisboa através dos vestígios da zona residencial islâmica da época de construção do castelo, de meados do século XI.
No Núcleo Museológico visite a coleção constituída por um acervo de objetos encontrados na área arqueológica, proporcionando a descoberta das múltiplas culturas e vivências que desde o século VII a.C. ao século XVIII foram contribuindo para a construção da Lisboa da atualidade, com particular destaque para o período islâmico do século XI-XII.
A Cerca Moura de Lisboa, também chamada Cerca Velha, consiste na estrutura defensiva que delimitou e defendeu Lisboa na época medieval. Da Cerca, que contava com 12 portas, subsistem ainda vestígios de lanços de muralha visíveis da via pública, torres e cubelos, portas ou arcos, muitos deles integrados em edificações posteriores.
Inserida na Cerca Moura poderá encontrar a Porta de Martim Moniz, uma das portas do Castelo de São Jorge encimada pelo busto do valoroso cavaleiro Martim Moniz. Segundo a lenda, durante o cerco à cidade de Lisboa pelas tropas do primeiro rei português, D. Afonso Henriques, os soldados muçulmanos faziam surtidas para fora do castelo. Numa dessas vezes, ao regressarem, um cavaleiro chamado Martim Moniz aproveitou a oportunidade e atirou-se na direção da porta, tentando entrar. Não tendo conseguido, restou-lhe, com o próprio corpo e vida, evitar o fecho da mesma, deixando passar os soldados portugueses comandados por D. Afonso Henriques, que assim lograram conquistar a cidade. Para memória de tão ilustre feito, o monarca mandou gravar a seguinte inscrição: “El Rei Dom Afonso Henriques mandou aqui colocar esta estátua e cabeça de pedra em memória da gloriosa morte que do Martim Moniz progenitor da família dos Vasconcelos recebeu nesta porta quando atravessando-se nela franqueou aos seus a entrada com que se ganhou aos mouros esta cidade no ano de 1147".
R. de Santa Cruz do Castelo
novembro a fevereiro: 9h00 - 18h00; março - outubro: 9h00 - 21h00 - últimas entradas 30 minutos antes da hora de fecho
1 de Janeiro, 1 de Maio, 24, 25 e 31 de Dezembro