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Saindo de Águeda, o Caminho vai-se desdobrando em diferentes sucessões de paisagens, ora urbanas ora rurais. A travessia de Mourisca do Vouga chama a atenção pelo casario. Mais além, o peregrino vai sentir-se fascinado ao encontrar a paisagem bucólica que rodeia a ponte medieval do Marnel, bem perto do local da cidade romana do Cabeço do Vouga, que parece fazer recuar para épocas bem mais antigas. O percurso continua por Serém e prossegue seguindo caminhos florestais em direção a Assilhó.
A entrada em Albergaria-a-Velha faz-se em direção ao Albergue de Peregrinos Rainha D. Teresa, um acolhedor albergue resultado da recuperação que o Município fez da antiga casa dos magistrados, retomando a ancestral vocação de proteção aos peregrinos.
O topónimo Albergaria tem fortes ligações ao Caminho. Resulta da vontade da rainha D. Teresa que, em 1117, fundou uma nova albergaria no lugar de Osseloa (Assilhó). É a mais antiga albergaria portuguesa, cuja localização, em plena estrada que colocava em comunicação o Porto e Coimbra, se ficou a dever à necessidade de dotar aquele troço de mais-valias que evitassem a violência sobre os viajantes, como o documento expressamente menciona.